O que é a cicloficina?

O que é a Cicloficina do Porto?

É um espaço de partilha de conhecimento ciclo-mecânico gerido por e para ciclistas. A cicloficina funciona apoiada no tempo, dedicação e mais valias dxs voluntárixs que a fazem acontecer. É uma iniciativa informal, e aberta a todxs xs que nela queiram colaborar.

Quem faz a Cicloficina?

Voluntárixs. Ciclistas, pessoas com apetência e à vontade com bicicletas, ferramentas, mecânica, disponibilizam-se a ajudar outras com menos experiência, recursos ou vocação para essas lides. Quem estiver interessado em colaborar basta aparecer na Cicloficina mais perto, e/ou entrar em contacto por email: cicloficina_do_porto[at]lists.riseup.net

BicycleRepairFreak

O que fazem na Cicloficina?

Depende dxs voluntárixs, das condições logísticas, dos apoios, da manutenção das ferramentas, etc. No mínimo, fazem-se coisas simples como mudar uma câmara de ar ou remendar um furo, encher os pneus, afinar os travões ou as mudanças, regular a altura do selim, apertar umas porcas e parafusos. Consoante as circunstâncias poderão haver workshops de recuperação de bicicletas (ex.: pegar em peças disponíveis e (re)construir uma bicicleta), e estes poderão ter ou não um ênfase na formação – aproveitar o processo para ensinar outras pessoas a fazer este tipo de coisas.

É uma oportunidade de aprender e conversar com outros ciclistas sobre estas pequenas afinações, para conseguir fazê-las sozinho posteriormente. Outros assuntos relacionados com a utilização regular da bicicleta como meio de transporte surgem também facilmente à conversa.

A Macaréu – Associação Cultural, onde a cicloficina está instalada, também tem muitas outras atividades.

Quanto custa?

A participação na cicloficina é livre e assegurada por trabalho voluntário e o envolvimento de quem a visita. Se houver pequenas peças (câmaras de ar, cabos, etc) que seja necessário trocar, poderá ser pedida alguma contribuição fixa. Além disso esperam-se contribuições livres para substituir e repor ferramentas, consumíveis (óleo, massa consistente, etc) e para manter o espaço.

A Cicloficina não prejudica as oficinas de bicicletas profissionais?

Não. A Cicloficina complementa os serviços comerciais, e o seu papel de divulgação e promoção do uso da bicicleta pode até  expandir a sua base potencial de clientes (mais pessoas a andar de bicicleta mais vezes).

O publico alvo da cicloficina são aqueles ciclistas que se querem sujar a aprender a manter a sua companheira a pedais (com duas ou mais [ou menos] rodas). Nem todas as reparações podem facilmente ser feitas na cicloficina e muito ciclistas recorrerão depois às lojas e oficinas normais para serviços especializados e para procurar melhorias de equipamento.

Quando surgiu a Cicloficina do Porto?

A cicloficina do Porto apareceu pela primeira vez em 2009 (??) com apresentações na rua, uma especie de oficina movél, ligada ao movimento Massa Crítica. Acabou por ter um “poiso” mensal na CasaViva durante algum tempo.

Em 2011 mudou-se para a Es.Col.A da Fontinha junto com o projeto de okupação desse espaço, no final desse ano alguns voluntarios organizaram também a Cicloficina Movel de Aldoar e, já no inicio de 2012, começou a abrir mais regularmente (todas as sextas) e com força na Es.Col.a da Fontinha. Durante esse tempo construiram-se alguns bici-monstros e recuperaram-se várias bicicletas.

Foi nesse ano que se organizou o primeiro BikeFest (2012, 2013), também se organizaram outros eventos como tertulias e ciclo-cinema.

Com o despejo da Es.Col.A, a ciclocozinha sofreu um golpe a nivel de ferramentas e materiais, mas voltou a abrir no final de 2013, novamente na CasaViva, com uma oficina reorganizada e a vontade de partilhar um espaço de convivio ciclista, surgiu a Ciclocozinha do Marquês com uma abertura semanal.

Em 2015 mudamo-nos para o Rés da Rua de trouxas e bagagens, vindo da CasaViva, já com uma escassez de voluntários residentes e tempo disponivel.

Ainda no Rés da Rua, em 2016, decidimos reabrir a oficina ao publico, com mais vontade, apenas no ultimo sábado do mês e ter um encontro de voluntarios para organizar outros eventos, como a Bicicletada Contra o Fracking em 2016, a participação na Ecotopia Biketour em 2018 e a Cicloviagem ao Camp in Gás em 2019.

O Rés da Rua, acabou por fechar em Setembro 2019, vitima da gentrificação/turistificação do Porto, para a construção de mais um hotel, foi nessa altura que nos mudamos para a garagem da Macaréu – Associação Cultural.

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um lugar de partilha,
autoaprendizagem e convívio,
em busca de autonomia.
uma oficina de formação e intercâmbio
de conhecimentos biciclísticos.
um espaço aberto à acção.